quinta-feira, 16 de julho de 2009

QUANDO TUDO ESTÁ PERDIDO.

 

 

 

 

A PAREDE NO FIM DO TÚNEL.

A sensação de: – e agora José ?

Quem nunca sentiu ? A constatação de que não adianta mais, o corpo morto na praia, o ovo quebrado, a madeira queimada,..

Não tem volta e agora?

Todos já nos pegamos em situações, em que a esperança andava de mãos dadas com o impossível. Um suspiro profundo, um esforço imenso de tentar afogar as lágrimas, um anzol frio e afiado corre desde abaixo do estomago e vai até a nuca. Corpo e alma não se entendem, você é uma ilustração do caos.

Ela não te quer mais, o emprego acabou, o filho morreu, você está velho,…

É neste exato momento de dor e vontade de sumir que as mais intensas e significativas mudanças pessoais acontecem, seja para bem, seja para mal, você não será mais o mesmo depois deste episódio espinhoso.

Uma interessante pesquisa, feita com pacientes que submetidos ao procedimento de transplante de coração, revelou dado um tanto intrigante: após o procedimento e de 1 a 3 meses passados da recuperação, o transplantado inicia uma nova síntese de sua vida, mudando seu modo de ver o mundo e a existência radicalmente.

Um grupo maior dizia haver renascido e doravante levava a vida com muita intensidade e esperança, gratos pela nova chance, sempre animados a fazer de cada dia, com o coração novo,(literalmente), um dia novo.

O grupo adverso, um pouco menor, de modo muito distinto iniciava a vida com o coração transplantado, fazendo sempre reclamações, queixando-se do tratamento e acompanhamento, vivendo de modo forçoso a nova vida com o novo coração.

O evento da pesquisa com os transplantados é um belo quadro exemplificativo da vida e dos seus momentos.

Quantas vezes quase morremos, quantos vezes,  não fosse por um novo coração teríamos falecido ?

Toda dor na vida é momento de renovação do coração, é hora de matar um pouco e renascer um pouco, quem não aprende a viver assim está fadado a morrer por completo, verdade, não há caminho na vida, que não seja o caminho da morte diária e da renascer diário.

Quando agente chega ao fim do túnel e encontra uma parede, existem duas posturas que podemos adotar:

1- Nossa que bom que existe essa parede! Eu estava com medo de que pudesse ser acidentado por um trem e ainda bem que agora sei que esse perigo não existe, aliás, posso achar falhas na parede e com paciência e segurança, abrir uma porta.

2- Que merda ! Raio de parede, perdi meu tempo vindo até aqui, achei que haveria uma saída ou algo assim. Eu só me ferro mesmo, queria que um trem me  atropelasse agora!

Isso revela como há gente de morte e gente de vida.

Quem quer estar vivo, vive, seja como for, vive, grato por viver, esforçando-se pela vida e fazendo do evento da existência uma celebração.

Quem quer estar morto, morre, mesmo vivo está morto, odeia a vida, prefere a preguiça da morte, a existência é castigo para essa gente.

Eu não entendo o Budismo!

Como pode alguém encarar o dom da existência como uma punição do ser ?

Qual a verdade em se dissolver com  o universo, virar poeira existencial, radiação de mim mesmo ?

Eu quero é viver, recebendo tantos corações quanto puder receber, de preferência, cada vez maiores, para que eu possa amar mais a vida, amar mais gente, e , bombear cada vez mais sangue! Eu quero é viver muito.

A existência eu encaro como dádiva, querer fugir dela ? Não, obrigado.

Tudo está perdido, mas você não está perdido.

Tudo acabou, mas, você não acabou.

O túnel tem parede no final, é hora de você decidir se é povo da vida ou da morte, se você desconfia ser da morte,..

Peça a Deus forças e se desafie, peça a Deus por um novo coração, seja transplantado por completo dessa vida de morte e respire o ar fresco da vida.

Ninguém é obrigado a ser sempre o mesmo, se é para o bem , então que venham quantas mudanças forem necessárias.

Ganhar um coração aparenta ser tarefa indolor, mas a vida do transplantado muda muito, não pode mais comer tudo que quer, tem de ser zeloso com as medicações, não pode ser esforçar mais do que o permitido e uma série de outros cuidados, entretanto, não fosse essa nova vida, com este novo coração, não haveria vida nenhuma.  Migrar da morte para a vida é tarefa que todos podem escolher, mas que poucos decidem perseverar.

Não aceite a morte, prefira a dor da vida, agradeça por poder sangrar, chorar, suar e experimentar todos os elementos que só aos vivos é dado celebrar.

O Pai Celestial enviou-nos o seu filho, Jesus Cristo, para que todos o que nEle venham a crer, não morram, mas recebam a vida eterna. Jesus é o caminho da vida, o caminho da verdade e da abundância.

Abraço carinhoso, para todos os que estejam lendo esse texto, do fim do túnel.

4 comentários:

aline disse...

Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.João 16.33
Muito bonito seu texto amor
bjossssssssss
nao é seu aniversario, mas vc ta de parabens

Anônimo disse...

Oiee esse texto tem tuuuudo haver comigo...
eu andava triste e arece que recebi um novo coração.. e prefiro a dor da vida..
as dificuldade, a estar morta...
eu sou feliz e optei por ser assim
=*

Anônimo disse...

o anonimo sou eu
Mel..
hauahuhaa

LEONARDO BRITO disse...

É cara, viver não é nem um pouco fácil... Mas apesar dos percalços da vida, eu não abro mão desse supremo dom de Deus, Ele nos dá todo o sentido de nossa existência.