segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MUSICA

TODO SER QUE RESPIRA LOUVE AO SENHOR.

Eu amo musica, de verdade, é uma das grandes paixões da minha vida.

E eu me relaciono de modo muito peculiar com a música, especialmente no quesito louvor. Durante um longo período da minha vida eu separava o profano e o santo quando o assunto era música, e infelizmente, muitas foram as vezes em que abandonei e reprimi meus gostos musicais em nome da minha fé.

Era um ciclo interminável que se iniciava pelo meu desejo por ouvir rock, seguido da culpa, por acreditar que aquilo era música do demo; Eu resistia bravamente por semanas, meses, e sublimava meu desejo por musica com musica religiosa; como quem está de dieta e quer comer algo bem gostoso, mas, sabe, plenamente, que a gostosura custará caro na balança.

Mas, de repente e não não mais que de repente eu sucumbia ao desejo de ouvir rock, ouvia, me sentia mal, culpado, longe de DEUS e o ciclo pernicioso seguia evoluindo dentro de mim.

Até que eu encontrei o evangelho !

O evangelho foi, é e sempre será a maior paixão da minha vida, pois o evangelho além de reconciliar com DEUS me reconciliou comigo mesmo, de modo que eu pude fazer as pazes comigo mesmo e adivinha só ? Eu acabei ficando amigo de mim mesmo e de DEUS.

O evangelho me libertou das listas do pode e do não pode, me fez andar tranquilo por todo terreno, não importando se fosse ele profano ou santo. Descobri que minha santidade é imutável, intangível e que vem de dentro, e que não vem de mim mesmo e sim de DEUS. Descansei nessa verdade, agarrei-a com toda força e ternura que só um coração grato possui.

O evangelho foi crescendo dentro de mim, alargando meu coração, amolecendo o terreno duro que era mina consciência, frutificando amor, graça, perdão e tanta coisa boa; a bem da verdade eu nem mesmo sei explicar como, mas só sei que quando percebi já estava ali: um belo jardim plantado no meu coração, cheio de vida e de verdade.

E dentro dessa sinfonia de graça e transformação…a musica achou seu espaço.

Eu comecei a louvar a DEUS, de coração, em verdade, em espírito e com o coração cheio de amor, e de modo muito curioso, as músicas que eu entoava para o meu grande e eterno amor não eram músicas “santas” , religiosas ou de qualquer modo ligadas ao “culto” como o conhecemos.

Eu canta Beatles pra DEUS, com todo meu ser, tocando o céu, sendo acompanhando pelos acordes de milhões de anjos que junto de mim , na sala do trono, em espírito, também louvavam o grande criador.

E as lagrimas se tornaram mais fartas nos meus olhos, e a paz mais comum no meu coração, e a paciência mais costumeira nas minhas ações…

E eu e DEUS passamos bons momentos ouvindo música juntos, conversando e inclusive escrevendo nesse Blog, risos.

Meu amado leitor, que DEUS encha sua vida de música e de louvor, que seu coração recebe, em nome de Jesus, a unção poderosa que liberta os ouvidos da religião e amplia a visão e amolece o coração..Que Deus, soberanamente, se derrame sobre sua vida e lhe conceda a graça de viver a vida musicalmente, fazendo de cada som um louvor a Deus.

Musica  é uma das vias mais profundas e misteriosas a qual Deus concedeu aos homens. Se não fosse pela música, uma grande parte da beleza da vida seria nos roubada, visto que a música sempre foi nossa, mesmo antes de existir matéria já existia vibração, logo, somos música em todo seu sentido, som ,luz e sabor.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

MILAGRES MIL.

O ESPÉTACULO SILENCIOSO DAS MÃOS DE DEUS.

Tu, que fazes sair as fontes nos vales, as quais correm entre os montes.Dão de beber a todo o animal do campo; os jumentos monteses matam a sua sede.Junto delas as aves do céu terão a sua habitação, cantando entre os ramos.Ele rega os montes desde as suas câmaras; a terra farta-se do fruto das suas obras.Faz crescer a erva para o gado, e a verdura para o serviço do homem, para fazer sair da terra o pão, E o vinho que alegra o coração do homem, e o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que fortalece o coração do homem. As árvores do SENHOR fartam-se de seiva, os cedros do Líbano que ele plantou, Onde as aves se aninham; quanto à cegonha, a sua casa é nas faias.Os altos montes são para as cabras monteses, e os rochedos são refúgio para os coelhos. Designou a lua para as estações; o sol conhece o seu ocaso. Ordenas a escuridão, e faz-se noite, na qual saem todos os animais da selva. Os leõezinhos bramam pela presa, e de Deus buscam o seu sustento. Nasce o sol e logo se acolhem, e se deitam nos seus covis. Então sai o homem à sua obra e ao seu trabalho, até à tarde. O SENHOR, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas. SALMO 104: 10-24.

O texto acima é de uma beleza imensa, o salmista conseguiu de DEUS  sensibilidade que o capacitou a compor um salmo que além de belo é cheio de significado. O salmista viu o que muitos de nós não conseguimos mais ver, discerniu aquilo que nosso entendimento se engessou para compreender. Falo da habilidade de identificar milagres.

Identificar um milagre pode parecer coisa simples, mas não é ! Na verdade, quanto mais o coração é frio, distante e ausente de DEUS mais  dificuldades o indivíduo terá para vislumbrar um milagre vindo de DEUS. Não foi por acaso que os fariseus pediram a Jesus um sinal, pois, apesar de estarem inundados de milagres e feitos extraordinários, eles desejavam uma prova dos sete, um sinal que pudesse converter os seus corações incrédulos.

Não é por acaso também que Jesus em suas parábolas e pregações constantemente cita o tema da criação, prega usando o exemplo de pássaros, plantas, eventos naturais fazendo da natureza uma verdadeira sinfonia miraculosa e didática.

E é possível citar uma infinidade de exemplos de milagres vindos da parte de Deus, sem que para isto seja necessário usar de curas, manifestações espirituais ou coisas do tipo.

O diferencial entre o Cristo que em tudo apontava milagres e dos fariseus que pediam sinais é o olhar.

Sim, o olhar viciado dos fariseus de um lado e o olhar liberto de Cristo de outro. O fariseu via os mesmos animais, as mesmas plantas, o mesmo céu que Jesus via, até pelo fato da fenomenologia animal, vegetal, cenográfica e climática ser a mesma, entretanto, só os olhos de Jesus eram capazes de ouvir a voz de Deus nos trovões, de entender que quem cuidava dos pássaros era Deus, de contemplar em cada espiga de trigo um troféu de graça e amor da parte de Deus.

E assim como o olhar dos fariseus estava contaminado, também o nosso está. Infelizmente somos os que vivem a pedir um sinal do céu, ignorando a abundante e absurdamente rica manifestação miraculosa de Deus ao nosso derredor.

Como a cegueira da ingratidão tomou conta dos nossos olhos !

Todos os dias o sol nasce, de modo novo, dando um espetáculo que nunca antes fora visto e que nunca mais será, visto que o sol é um artista com profundo comprometimento de inovar seus espetáculos, além disso há o milagre das sementes que germinam no calar da noite, soltam brotos, como num berçário universal, bilhões de novas plantinhas nascem, sem choro que nos seja audível, sem rojões que lhes recebam com boas vindas à nova vida na terra que as germinou.

Todos os dias os rios correm para o mar sem que ninguém tenha que lhes ensinar o caminho, aliás, o problema de muitas enchentes é justamente o problema de rios que foram roubados de seu caminho natural.

O tempo dos milagres, no entanto, está atingindo seu fim. Cada dia mais a natureza responde às agressões que o homem causa despreocupadamente, cada dia mais os rios se revoltam, os ventos sopram mais fortes, doenças novas surgem, mares produzem mais tsunamis e o solo mais terremotos, deslizamentos e todo tipo de catástrofe.E a tendência é piorar.

Há quem diga que isso tudo seja ira de Deus. Eu prefiro acreditar que na verdade é pura relação de causa e consequência, que na verdade estamos colhendo aquilo que nossa sociedade doente planta há pelo menos 3 séculos.

São nossos carros, nosso consumo exagerado, nossas cidades, estradas, usinas, garimpos…

E é por isso que não vejo a ira divina; muito pelo contrário. O cenário se monta com um Deus que ,cheio de graça ,continua a fazer milagres e com uma geração que devora, impiedosamente, toda a saúde de um planeta inteiro.

Estamos violentado a nossa própria casa, esquecendo que também somos animais, que comemos da terra e não da Microsoft, que respiramos ar e não perfume, que bebemos água e não coca cola, que as árvores servem para muito mais do que papel, que os rios são moradores muito mais antigos do que nós nessa terra, logo, têm direito a plena propriedade de seus cursos naturais e por aí vai.

Fica martelando na minha cabeça o grito irreverente de Macunaíma:

- Muita saúva e pouca saúde nos vales do Brasil há !

Pobre Macunaíma, mal sabia, que em breve nem mesmo saúvas nos restariam.

Nós que não damos valor aos mil milagres que a cada momento a misericórdia de  Deus insiste em nos dar.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

MARIDOS E MAL IDOS

Efésios 5. 25 e 28: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem a sua mulher, ama-se a si mesmo.”

EM VIDA E MARIDO E MULHER O EVANGELHO METE A COLHER.

O post de hoje tem haver com uma  série de pensamentos que ultimamente tem povoado minha mente.

Para os que não sabem, eu estou prestes a me casar !

Sim, eu creio em vida após o casamento (risos).

Brincadeiras deixadas de lado, casamento sempre foi um dos temas que mais ocupou a minha mente. Mas hoje, não tenho interesse de falar sobre os prazeres do casamento. Hoje é dia de sarrafo, de pancada, de paulada, ou seja, é dia de ter uma conversa séria comigo e com todos os outros homens sobre como tratar as mulheres.

Para começo de conversa, cabe lembrar que Deus fez o homem do barro, material tosco, simples, rudimentar, primitivo…e fez a mulher da costela de um homem, sendo assim, o material com que a mulher foi confeccionada, pelo artesão divino, é muito mais avançado, burilado, especial e sensível do que o material com que Deus fez o sexo masculino. Implicando daí que o tratamento, o modo de agir, a alma e a convivência com as mulheres deve ser afetuosa, moderada, constante, paciente, em síntese: deve ser como é o  amor de Cristo por nós.

Sentiu a corda no pescoço ? Eu também.

Eu percebo cada vez mais como as mulheres estão insatisfeitas com os homens em geral. As queixas são as mais diversas: falta de carinho, amor, paciência, falta companheirismo, frieza e problemas de convivência, entretanto, a maior parte das reclamações acaba desaguando em um só problema: falta homem no mundo !

Não estou a dizer que faltam seres humanos geneticamente feitos machos, estou falando de machos que amadureceram, cresceram e atingiram, meritosamente, a condição de serem homens.

Homens que sejam capazes de: enfrentar problemas, decidir, proteger, sustentar, amar, dar carinho, ouvir, ajudar, elogiar e de agira; como dificilmente se vê nos dias de hoje.

E o motivo de existir um mundo cheio de pintos mas carente de homens é um só: os homens não possuem amor próprio. E foi de Pedro, o tosco, que fez a constatação de que: quem não se ama, não é capaz de amar a outra pessoa. E não fosse só a falta de amor, há a confusão masculina que insiste em chamar de amor o que é sabidamente, apenas tesão. Quantas não foram as mulheres que se entregaram, tolamente, por juras de amor que eram apenas ecos de um relação sexual prazerosa ?!

Os homens desenvolveram a prática imbecil de acreditar que a solidão, bem regada de sexo casual, é uma alternativa mais inteligente e “lucrativa” do que se envolver profundamente com uma só mulher,  isso prova uma vez mais a tese, de que: pintos existem muitos,  homens muito poucos.

É interessante notar que hombridade  nada tem haver com idade, status, religião, condição social, erudição, ou qualquer outro traço cultural. Homem é homem seja rico, pobre, inteligente , burro, bonito , feio, jovem ou idoso, digo isso porque uma vez eu tive o desprazer de conhecer um imbecil playboy de 70 anos idade, que desfilava com uma pobre coitada 40 anos mais jovem do que ele, crendo ser a mais feliz das mulheres, quando na verdade estava envolvida com um megalomaníaco narcisista com síndrome de Peter Pan.

E no meio dos cristão a coisa não é diferente, já ocorreu em uma igreja onde congreguei de a mulher do pastor aparecer no meio do culto, cheia de malas e aos berros, dizendo que se mudaria para dentro do templo da igreja, pois, o marido dela, o pastor, era uma pessoa muito boa dentro da igreja é um canalha fora dela.

Bom, a falta de homens é tão grande que muitas mulheres estão se tornando lésbicas eventuais. Explico, há, naturalmente mulheres com orientação sexual para o mesmo sexo, contudo, há um fenômeno na atualidade em que muitas mulheres, que não são homossexuais por natureza e na verdade tem orientação heterossexual, mas, por não encontrarem homens amorosos, carinhosos  – que queiram mais do que sexo-  acabam se envolvendo afetivamente, esporadicamente, com outras mulheres. Muitas mulheres estão deixando sua opção sexual por pura falta de homens. Mulher  é por essência carente de amor, de afeto, de elogio, de se achar bonita, querida, interessante, amada… e quando não encontram isso em homens acabam indo procurar em outra mulher.

Não há para onde escapar ! Nós homens temos de nos converter ao evangelho, uma vez que quem não é capaz de amar a sua esposa também não é capaz de amar a Deus, pois, se ele não ama a esposa, a quem vê, a quem beija e com quem convive, faz sexo e tudo mais, como amará a Deus que é muito menos factível de contato físico ?

É uma estupidez pensar que o mal marido, o cafajeste em nome de jesus, é um discípulo de Cristo. Tolice, doce ilusão religiosa. É nos círculos mais singelos, mais restritos e mais familiares que se pode medir a fé de uma pessoa.

Devemos ter vergonha na cara e mudar aquilo que tem que ser mudado, encarar nossas doenças, como homens, e se necessário for, cortar a própria carne, esmurrar o próprio corpo, como ensina Paulo, e reduzí-lo a condição de escravidão.

Sim, devemos arrumar os chuveiros estragados, ajudar com os deveres de casa, olhar com afeto, beijar com intensidade, amar sem reservas e confiar o coração a nossas mulheres. Se assim for feito, o evangelho nos garante que teremos esposas, naturalmente submissas. Uma submissão de bom grado, sem pesos, tiranias ou doenças da alma.

Que Deus nos ajude a mudar nosso comportamento e nossa mente, e que os que até hoje foram maus, os MAL IDOS, possa, pela graça e misericórdia de Deus se tornarem verdadeiros MARIDOS.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O DNA DE CRISTO, SEGUNDO O EVANGELHO.

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5 E vieram à casa; e concorreu de novo tanta gente, que nem mesmo podiam tomar o alimento. — E quando isto ouviram os seus, saíram para o prender; porque diziam: Ele está furioso.  E chegaram sua mãe e seus irmãos, e ficando da parte de fora, o mandaram chamar. — Estava sentado à roda de um crescido número de gente, e lhe disseram: Olha que tua mãe e teus irmãos te buscam aí fora.— E ele respondeu, dizendo: Quem é minha, e quem são meus irmãos? — E olhando para os que estavam sentados à roda de si: Eis aqui, lhes disse, minha mãe e meus irmãos. Porque o que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã e minha mãe. (Marcos, III: 20-21 e 31-35 – Mateus, XII: 46-50).

O texto dos evangelhos de Marcos e Mateus fazem uma revolução no que diz respeito ao critério de filiação com Deus, quando Cristo inverte, claramente, as formas de se considerar alguém como irmão e mãe, pois, uma vez que os irmãos e mães de Cristo são os que fazem, que cumprem, que seguem e não os que dividem o mesmo traço genético, logo, torna os laços da família de DEUS diferentes dos usuais.

Há quem interprete, na cena acima narrada,  uma espécie de grosseria por parte de Jesus, principalmente por questionar, em público, quem seriam seus irmãos e sua mãe, estando os irmãos e e a mãe, físicos, presentes fora da casa, contudo, não foi com agressão que ele fez a pergunta, mas, com intuito de gerar nos corações inquietações sobre os elos que unem  DEUS e os homens.

Interessante notar que a despeito de uma relação de parentesco física, carnal, histórica, há em Jesus uma outra leitura sobre quem seriam os verdadeiros parentes de Deus, implicando em uma abordagem no mínimo nova sobre parentesco. No evangelho não existem garantias de pedigrees, genéticas ou sindicais, de modo muito simples é que se estabelecem as conexões familiares, usando como meio de ligação apenas o fator da realidade da vida. O evangelho ignora tempos, raças, religiões, origens e quaisquer outras categorias humanas de estratificação ou separação das pessoas.

No evangelho eu sou irmão de incas, japoneses, hebreus, negros, católicos, budistas e muçulmanos, me irmano a quem já morreu, quem comigo é contemporâneo e inclusive com quem ainda há de nascer, uma vez que o critério é o da prática na vida, dos valores do evangelho, desse modo, não há proibições a que se irmanem os mais diversos tipos de pessoas. Desde que o fio que as una seja a da prática do evangelho.

No evangelho não basta saber ou mesmo se dizer filho de DEUS, visto que a maneira como o DNA divino se instala em nós é só uma: “Porque o que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã e minha mãe.” E em assim sendo, o céu se enche de cores, línguas, diversidades e se transforma numa rica sopa de graça que abarca desde os mais primitivos ajuntamentos humanos até os mais avançados tipo de civilização. Jesus quebra qualquer tipo de “reserva de mercado” e deixa claro que o céu é povoado pela gente dele; venham de onde vierem. E quem quer que tenha se aparentado em graça com Cristo é quem povoará o porvir.

Eu, pessoalmente, considero tal fato lindo. Pense bem no quão amplo, fácil e maravilhoso é o fato de Jesus abarcar toda a humanidade na possibilidade da salvação. Imagine só: encontrar egípcios , fenícios, laocianos, ugandenses, russos, indianos, iraquianos e quem sabe até alguns argentinos ( risos) que do Jesus, histórico, nunca ouviram falar, mas que na vida foram pessoas de Deus, amáveis, boas, piedosas e como parentes de Cristo viveram suas vidas.

Aí surge a dúvida do que venha a se a prática do evangelho, e a prática dele se dá no amor, e é tarefa que se constrói na simplicidade, na singeleza de corações que fazem aos outros aquilo que gostariam que os outros lhe fizessem. Lei de troca equivalente, eu dou aquilo que desejo receber em troca, eu faço aquilo que desejo que me façam...

Se tenho sede, desejo água, portanto, se encontro bocas sedentas pelo caminho cumpre-me saciar a sede deles.

Se tenho fome, desejo alimento, portanto, se encontro estômagos vazios é meu dever fartá-los.

O mesmo vale para frio, dor, solidão, doença, perdão e qualquer que seja a situação humana.

Inclusive, devo ser gente boa com quem não é gente boa comigo, visto que eu não fui gente boa com Deus para que ele tenha sido gente boa comigo. O bem que os irmãos e mães de Deus praticam vai além da circunscrição familiar. Atinge a toda e qualquer gente.

Que seja no chão da vida, na factualidade que comprovamos, em amor, nossos mais profundos e ternos laços de sangue com aquele que primeiro nos amou; que seja o nosso dna o mesmo dna de Cristo, segundo o evangelho.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

IRREVERSÍVEL

A CONSCIÊNCIA DE QUE TUDO ESTÁ CONSUMADO.

Um dos temas mais recorrentes no evangelho é o do caráter final, consumativo, terminativo, peremptório do sacrifício de Cristo na cruz, contudo, a despeito do quanto seja repetido de modo abundante, há clara deficiência no que diz respeito à certeza de tal verdade estar plenamente gravada nos corações.

Isso implica em um massa de pessoas que repetem, da boca para fora, o episódio da cruz, como quem narra um filme ou coisa do tipo, no entanto, não vivem em conformidade com o que professam e muito menos carregam no peito tal fato de modo indelével.

Sou um idoso de quase 27 anos ( risos) e ao longo da minha curta jornada de vida, algo que noto repetidamente é o fator da incongruência entre a fé dita e a fé viva no coração. Principalmente quando o assunto é perdão, cruz, sangue derramado…

De modo que cada vez mais eu encontro seres que da parte de DEUS foram totalmente, perpetuamente e infinitamente perdoados, mas que não aceitaram o perdão, não se perdoaram e não têm a habilidade de perdoar a outros.

Aceitam a cruz de Jesus como evento histórico, distante, frio… como quem vê um quadro antigo ou uma pintura neolítica; tudo muito legal, interessante, cheio de implicações e desdobramentos, entretanto, nada tem haver comigo ou com aquilo que chamo de vida.

Jesus virou um ícone, uma figura, um pop star, divide espaço na mente das pessoas mas não mais ocupa corações, tem de competir com artistas, modas, atletas e caprichos. Virou um Jesus BBB.

Cadê aquele Cristo presente, cheio de graça, atuante e vivo ?!

Digo isso pelo fato de que se alguém diz conhecer a Jesus, diz crer nele e não aceita ou não vive de acordo com o perdão da cruz, esse alguém transformou Jesus em coisa, personagem, lenda mito mas nunca em quem ele realmente é: o reconciliador da humanidade.

O perdão de Cristo é o caminho a ser percorrido por quem diz amar Cristo, pois, se considero como verdade que fui perdoado daquilo que era imperdoável, logo, minha reação é amar quem me perdoou, pacificar minha alma, sentir me aceito, completo, concreto, cheio e sem barganhas a fazer com meu perdoador, visto que meu maior e único problema foi resolvido sem eu ter movido uma palha para isso.

Se vivemos a via do perdão, torna-se natural o ato de perdoar, tendo em vista que somos filhos, fruto, cria e brotos paridos em perdão, para o perdão e pelo perdão.

Não há sentido no medo, seja ele qual for, uma vez que a minha pior inimiga, a morte, foi derrotada, sepultada, detonada e virou radiação quando o sangue de Jesus sobre ela prevaleceu.

Não há sentido em se sentir culpa já que quem poderia me culpar, me acusar, me cobrar, quem detinha os títulos de minha dívida resolveu rasgá-los, sendo assim, qualquer outro ser, coisa, fato ou mesmo pensamento que me acuse de algo é, no mínimo, tolo e metido a besta, pois se assemelha à quem cobra dívida que não é sua. Imagine só um desconhecido, a quem você não deve nada, vir te cobrar de algo; assim é a culpa pelo pecado.

Não há mais motivo para que eu sinta temor da morte, visto que a morte agora pra mim é mero piscar de olhos, na verdade, quem vive a esperança da vida eterna não divisa a vida de hoje com a vida eterna, até pelo fato de que se a vida tem pausas, pulos, recreios ou interrupções já não é eterna, logo , a vida se torna cheia de certezas e tranquilamente liberta do medo de morrer.

Aos que colocaram medidores, cotas ou quaisquer outros tipos de quantificadores/ limitadores no perdão, ou seja, aos que pregam uma cruz parcial, incompleta e não plena, o que lhes resta é uma paz parcial,  incompleta e não plena.

A cruz precisa ser verdade marcada à ferro e fogo no meu coração, ou melhor, verdade marcada à pregos e tocos. Precisa ser capaz de me perdoar de tudo quanto fiz, faço ou vier a fazer um dia; se assim não for de que adianta ?

Pra que Cristo morreria se o resultado final fosse um perdão condicionado, limitado e por cotas?

Há como o sangue dele correr de volta para suas veias rasgadas ?

Há como os furos nas mãos dele se fecharem perfeitamente ?

Há como a dor, sofrimento, solidão e angústias indizíveis se apagarem e evaporarem com fumaça ?

Oras, então se o sacrifício de Jesus é irreversível, então, por que raios os frutos de tal sacrifício haveriam de ser ?

Como haveria de ser uma salvação reversível ?

A cruz veio para marcar um X na questão do pecado, porém, há quem ainda duvide disso.

Creia que no perdão de Deus, até porque, o amor de Deus por você é IRREVERSÍVEL.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

DE QUEM É A VODKA ?

OS DILEMAS DA RELIGIÃO E A LIBERDADE DO CORAÇÃO.

Final de ano é época de muita legria, comemoração, festa e claro: bebida !

Inicialmente, quero dizer que não sou contra quem se abstém  de beber ou qualquer coisa, afinal, o evangelho é liberdade de consciência, logo, a decisão é individual e deve ser tomada com toda a cautela e sabedoria no coração.

Dito isso, vamos a mais um episódio das trapalhadas deste blogueiro que vos fala.

Estava eu  no DF, por ocasião da formatura do meu cunhado, aliás, parabéns cara, bom, depois da cerimônia de colação de grau, nos dirigimos a um restaurante de comida oriental. Até aí nada de sobrenatural ou interessante.

Entrando no restaurante fomos recepcionados com um mesa farta, cheia de comidas deliciosas, mas, nenhuma  bebida, os donos do restaurante se aproximaram e começaram a anotar os pedidos de bebida de cada um dos presentes.

Eu não ouvi quando o “paitrocinador” da festa disse aos convidados: “ nada de bebida alcóolica”.

E , em minha ignorância, pedi uma dose de vodca e uma coca cola ao garçom; pra começar bem a noite.

Quando o garçom voltou com o pedido, havia se esquecido de quem era a bebida russa, sendo assim, de modo muito alto, claro, notável e com o auxílio de uma acústica formidável, exclamou:

- De quem é a vodca ?

Todos os presentes, num gesto simbiótico, sincronizado e constrangedoramente ensaiado  olharam em direção ao garçom, sedentos de uma resposta que elucidasse o enigma: de quem seria a bebida ? Que  pecador,  insano, entre outras coisas,  teve a audácia de pedir uma bebida, do diabo, estando sentando em uma mesa cheia de santos ?

Eu, humildemente, ergui a mão e afirmei:

-É minha !

Para minha surpresa, o garçom disse bem alto:

- Ainda bem, eu achei estranho ninguém estar bebendo, afinal, agente comemora é com bebida e não com água.

Nesse momento eu ouvi evangelho saindo da boca daquele garçom. Eu praticamente revivi o momento do casamento em Caná, primeiro milagre de Cristo; transformar água em vinho.

Verdade,  o mestre nos ensinou e o garçom ,de modo simples repetiu:  Não se comemora com água, a despeito de quão pura, santa e cheia de virtudes ela seja.

Jesus iniciou o ministério com alegria, com festa, com vinho e vinho que custou e custa muito aos teólogos da santarisse explicar o pôrque de Jesus bebê-lo, multiplica-lo e dele tanto falar, tentaram inclusive dizer que a tradução estava equivocada, que se trataria na verdade de suco de uva. Quanta loucura.

Na noite da vodca  eu me alegrei por poder me alegrar bebendo, liberto, cheio de graça, sem culpa. Uma pena que muitos quiseram comigo compartilhar uns tragos, mas, voltaram de garganta seca pra casa, santamente sedentos.

E foi justo na noite da vodca que encontrei uma de minhas leitoras, com quem conversei muito tempo, aprendi muito e me alegrei muito. E ela comigo, com ou sem vodca !

O evangelho, algumas vezes, nos rende momentos engraçados e inusitados, entretanto, mesmo quando há riso, o evangelho não perde seu caráter de vida, e vida em abundância, muito pelo contrário, o evangelho nos  aprofunda a visão da vida, da existência e nos concede, por pura graça, a oportunidade de contemplar mundos novos, fazer leituras antes bloqueadas ao coração…

Nos forma de modo novo, mais leves, mais sorridentes, mais corajosos, mais simples, mais fáceis de viver e de conviver. Nos enche de coragens politicamente incorretas e cheias de verdade, de modo que vamos nos tornando, paulatinamente, em nome de Jesus, uma frustração crescente e evolutiva para todo um sistema maligno, chamado religião.

É uma pena que só eu tenha tomado a vodca, pois foi de mim que veio a resposta para a pergunta:

- DE QUEM É A VODKA ?