terça-feira, 25 de agosto de 2009

A REVANCHE DOS QUE NÃO SÃO

A VITÓRIA DE QUEM SEMPRE PERDEU.

 

Imagine uma pessoa de sucesso !

Pensou ?

Duvido que você tenha visualizado: um mendigo, uma prostituta, um garoto de rua ou uma pessoa pobre. Não sinta-se mal por ter pensado assim, a bem da verdade, é o normal.

Desde pequenos somos programados, os meninos a vencer, competir, ser forte, brincar de carrinho, jogar bola, brigar na rua e coisas do tipo, as meninas, por sua vez, já começam o treinamento da beleza, maternidade, popularidade, amiguinhas, casinha, boneca e por aí vai.

Tudo dentro dos conformes, tudo programado pra dar certo.

Você já viu alguma criança brincando de mendigo ? Se viu, essa criança deve ter sido repreendida duramente por causa dessa infeliz brincadeira.

A despeito de uma sociedade que não reconhece os que não são, os pequenos, os vencidos, os humilhados, têm provado o seu valor. Como o átomo que permaneceu oculto até o séc... XIX, indetectável, mas, que quando descoberto causou revolução na forma de ver a matéria.

Assim é a vitória dos que não são. Silenciosa, surpreendente e revolucionária.

A matéria é formada do vazio, que aparenta ser preenchida pelo incansável movimento dos átomos que a constituem, do mesmo modo é feita a vida,….vaziamente cheia das pequenas coisas vibrantes que a ela dão conteúdo.

Assim são os que não são, poderosamente cheios de nada e completamente invisíveis aos olhos comuns. Um mendigo por exemplo: pode repartir tudo oque tem,..um milionário não consegue o mesmo feito !

Um andarilho pode morar em Copacabana e uma semana depois residir na Avenida Paulista, sendo dono de tudo e nada possuindo.

Não que eu queira romantizar a vida difícil dessa gente que não é considerada gente, entretanto, eles têm sim as suas vitórias, muito além disso, são dotados de poderes que só eles possuem e capacidades que monopolizam soberanamente.

Em verdade vos digo que nem Salomão em toda sua glória, foi tão generoso quanto qualquer um destes. Olhai para os miseráveis do viaduto que não plantam nem colhem e pouco comem…Bem aventurados os sem teto, porque deles são as mansões celestiais,..Bem aventuradas as prostitutas, pois serão desposadas,..

Com todo respeito ao sermão do monte, minha paráfrase visa apenas mostrar que Deus é Deus de mendigos, pobres, prostitutas, rejeitados,….a mentira de que esse povo é decoração urbana indesejada, de que são apátridas do reino dos céus, não pode prosperar.

A viúva foi quem deu mais, Lázaro ressuscitou, o cego viu, o coxo andou, o paralítico tomou o leito e andou, o gadareno ficou vestido e são,….Gente que aos olhos humanos não podia ser alvo do amor de DEUS,…

Ainda bem que Deus é Deus,..já pensou se os que não são dependessem dos que são pra tudo ?

Se os pequenos nunca vencessem os grandes, se tudo fosse como quer a humanidade, se a vida pertencesse a quem fez faculdade,…..

Eis que vejo novo céu e nova terra e os lixões já não existem. Toda lágrima será secada, a madame pastará com o sem-teto e uma criança de rua meterá a mão na toca de um empresário e não será ferida, todas as coisas foram feitas novas.

Você crê ?

4 comentários:

Unknown disse...

Sem falar que cada um tem sua história... ambos já foram crianças, adolescentes, jovens e gente! Alguns já sonharam ser doutores, empresários, políticos... quando esse sonho se perdeu? Quantas decepções foram necessárias para que a esperança fosse embora? Tiveram pais; tios; vizinhos; amigos... no sentido figurado? Culpa de quem; viver nas mazelas da sociedade? Do alcool? Das drogas? Da decepção? Do medo? Fracasso? Costumo pensar que muitos alí; saíram de casa por não aguentarem mais ficar nelas; esqueço quem sou e crio outra identidade; aliás; pra que identidade se não existo; não é mesmo? Documentos pra quê? Ora. Nem mesmo os templos os abrigam; quer que acreditem em um Deus? É pedir demais... mas é fácil criticar os espíritas em relação ao "sopão" e ao "cobertor"; não vou citar os demolays e alguns evangélicos porque a ação é esporádica... quero ver ação! "voces não voltam não... eu sei que só vem nos ver no natal" essa foi a frase de um sr. abandonado pelos filhos em um azílo em Cuiabá! Todos os fins de semana ele se apronta e diz que hoje os filhos os levarão de volta pra casa; nunca aconteceu! No natal; os HUMILDES visitam esses lugares e enchem todos com que não nos é proveito e dizem que estarão por alí sempre... muitos só querem conversar! Alguem pra desabafar... será que esse alguem não esta mais próximo do que imagina? Já parou pra falar com sua avó hoje? Sei... ela irá lamentar e dizer que a hora dela está chegando... ela só quer fazer com que esse momento seja menos difícil pra vc; filho da filha dela; orgulho por duas vezes! Vou parar por aqui; é pra ser um comentário e não um texto... serve pra mim tb; costumo dizer que quem precisa de ajuda somos nós... eles que estão nos ajudando a crescer... agora é hora de voltar aos estudos... obrigado pelo texto.

Anônimo disse...

olha o que diz a wikipedia.: Mendigo, mendicante, morador de rua ou sem-abrigo é o indivíduo que vive em extrema carência material, não podendo garantir a sua sobrevivência com meios próprios. Tal situação de indigência material força o indivíduo a viver na rua, perambulando de um local a outro, recebendo o adjetivo de vagabundo, ou seja, aquele que vaga, que tem uma vida errante.

O estado de indigência ou mendicância é o mais grave dentre as diversas gradações da pobreza material.

Depois visite esse site http://www.anjosdanoite.org.br/

Forte abraço; Jaime

Talita Sant'Ana disse...

Já ouviu dizer que: "o prego que se destaca será martelado" ? Os que se salientam mediante aos olhos do homem, fazem questão de mostrar-se, o próximo é esquecido, afinal, qual seu mérito mediante à sociedade? É o EGO, cadê a humildade? Ela está nos que não são vistos, mas que um dia serão acolhidos! Ah quem dera aprender com aqueles que não são exemplo, só eles sabem o verdadeiro "precisar"...

LEONARDO BRITO disse...

Realmente, Deus escolheu as coisas que não são para humilhar as que são. Quando vemos com as lentes que vc escreveu, passamos a ver a beleza no que não é belo...Muito original.