quarta-feira, 17 de março de 2010

A TIRANIA DA VAIDADE

A DIFERENÇA ENTRE O ESSENCIAL E O ACESSÓRIO.

“ Vanity is my favorite sin” ( vaidade é meu pecado favorito), é uma das falas do personagem interpretado por Al Paccino no filme Advogado do diabo.

De fato, antes que houvesse o diabo para tentar, já havia a vaidade para tentar aquele que se tornaria o diabo, ou seja, a vaidade é o diabo do diabo !

O duro é que nem sempre a vaidade é perceptível, na verdade quase nunca ela se apresenta caricata, clara ou facilmente identificável, a vaidade é uma moça de pés suaves e voz mansa. Cheia de esperteza e argúcia, aprisiona os corações incautos.

A vaidade é tudo aquilo que eu tenho certeza de que preciso e que na verdade não me é nenhum pouco essencial. Vaidade é a maquiagem da existência, é a árvore de natal do ser, cheia de penduricalhos e coisas do tipo. Lindamente vazia e desnecessária.

A vaidade é a grife mais antiga da história do universo !

Num outro aspecto, a  vaidade quase sempre é ligada ao seu aspecto físico, deixando a imagem mental de seres que cultuam sua existência física, pessoas que se escravizam em nome de corpos, marcas, formatos, odores e tudo quanto seja aprazível aos sentidos mais primitivos do homem; no entanto, existem bilhões de outras formas com que a vaidade possa se apresentar. Por exemplo:

A vaidade santa, aquela coceirinha angelical que muitos sentem e acham que é DEUS fazendo-lhes cafuné na alma. Gente que menospreza a tudo quanto fuja das suas noções de DEUS e de santidade, e que se considera pura, perfeita, santa…Como foi no caso de lúcifer.

Existe a vaidade da humildade, sim, o sujeito sente orgulho de ser humilde, sempre quieto, rosto meio abobado, tentando projetar certa simplicidade, um franciscano da existência, e que diferentemente de sua fase e de sua conduta exterior, o seu coração é cheio de podridão e luxúria.

Há a vaidade intelectual, essa é poderosíssima. A vaidade intelectual é uma droga pra vida toda, e que faz da vida toda uma droga. Ela vai empurrando seus escravos cada mais fundo na espiral da vaidade do saber, vai isolando-o dos outros seres humanos, separando a suas escolhas, determinando com quem ele pode e não pode falar,… Aí surgem as sombras de seres que já foram humanos, mas que agora são enciclopédias ambulantes.

Não importa que o gênero ou espécie de vaidade, o fato é que todo ser humano que já pisou por sobre a terra, exceto Jesus, sofre, sofreu ou sofrerá de alguma sorte de vaidade. Não há escapatória !

Oque existe como antídoto é a palavra de DEUS e a oração, um constante orar e vigiar que se transforma em consciência e  me ajuda a identificar de modo mais rápido a vaidade.

Só a luz de DEUS em nossos corações consegue nos mostrar  onde está nossa vaidade. E quando a encontramos sempre existem duas constatações a serem feitas:

1) A minha vaidade onde está onde eu já esperava que estivesse, e com ela existem muitas outras vaidades em áreas que eu jamais suspeitaria.

2) A minha vaidade é sempre muito maior do que eu jamais pudesse imaginar, além de ser grande ela lança raízes profundas em todo meu ser, raízes que só o poder de Deus agindo dentro em mim pode tirar.

Portanto, não perca tempo e comece a observar sua vida com o olhar atento e vigilante do amor de DEUS, descubra por meio da voz do Pai Celeste: onde, em que, quão grande e até onde sua vaidade vai.

Não permita que a sombra tirana da vaidade reine em sua vida. 

3 comentários:

LEONARDO BRITO disse...

Excelente texto!!!!! Muito bom mesmo... Realmente, a vaidade se expressa das mais variadas formas, e age como um parasita, que depois de muito sugar a energia do coitado leva o mesmo a morte, seja ela da alma, do corpo, ou mesmo do espírito!

Elilian Kelly disse...

- Mto bom o seu texto primo!!
Na verdade inveja é o principio da vaidade. Pois Lucifer deixando-se levar pela inveja de querer ser igual a Deus, se encheu de vaidade por achar que isso seria possivel e cometeu o ato do primeiro pecado do universo! Portanto devemos olhar para nos mesmo e nos perguntar: o que realmente sou? eu sou apenas eu ou tentativa de ser alguem que conheço? Respondendo a pergunta devemos pedir a ajuda de Deus para nos mostrar quem realmente somos e preservar nossa identidade em nos sem inveja ou vaidade!

Anônimo disse...

O poeta disse: Vaidade no comprimento da saia, no cumprimento da lei, vaidade exigindo prosperidade por ser o filho do Rei, vaidade se achando a igreja da história, vaidade pentecostal, vivendo e correndo atrás do vento, tudo é vaidade. Hoje tenho vaidades que só verei na minha maturidade, hoje vejo vaidades dos meus vinte anos, que eu não via. Vaidade de vaidades, tudo é vaidade, tudo é correr atrás do vento. Então o que realmente tem valor? o que realmente é importante? Somos todos vaidosos, mas como equilibrar essa nossa vaidade? Jesus não tinha vaidade. Ele sabia quem ele era, sabia de onde vinha e para onde ia, não pensava de si nem mais nem menos do que ele era, pois ele é, era e sempre há de ser, nele não há variação de mudança. Somente quando alcançamos este estágio (pobres de nós)podemos dizer em mim não há vaidade, até lá tenho que aprender a conviver com minhas vaidades e colocá-las em seu devido lugar.
Bom texto amigo Diego, como sempre relevante e profundo.

Adriano