sábado, 27 de fevereiro de 2010

O PODER DO MEDO

 

 

15 Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus.16 nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele.17 ¶ Nisto é perfeito o amor para conosco, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos nós também neste mundo.18 No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor.

O medo é uma das energias mais poderosas já conhecidas. É capaz de derrubar impérios, escravizar os livres, manipular mentes, criar fatos e desvirtuar a verdade.

O medo é um ácido capaz de separar as ligações moleculares mais sólidas, corroendo substâncias fortíssimas. O medo legitima a violência e dá razão à covardia.

A esmagadora de maioria de nós, mortais, vive sob a constante influência do medo; sentido a frenética melodia da perseguição sendo tocada bem próxima de nossos ouvidos.

O medo nasce nos lugares mais inesperados, e independentemente do substrato que acolha a sua semente, brota a se desenvolve viçoso.

Muitos acreditaram que o poderiam combater com pensamentos positivos do tipo: isso é só minha imaginação, vai dar tudo certo, calma,  nada de mau vai acontecer…

Estas soluções são como aspirina tentando curar câncer.

O medo é um erva-daninha que não se intimida frente a positividades, muito pelo contrário, ele as destrói e as torna argumentos aliados à sua causa. Quem dizia: tudo vai dar certo, passa a dizer o oposto, crendo muito mais na nova concepção do que na anterior.

A bem da verdade o medo só tem 3 predadores naturais.

O mais comum deles é a vida, sim, a vida ensina ao ser amedrontado que nem sempre suas desconfianças amedrontadas se confirmam no plano da realidade. É na colisão da realidade com a desconfiança que o medo acaba sendo erradicado na maioria das vezes. Sendo que em alguns casos, em que o medo já se fortificou demais, nem mesmo o choque brutal da realidade pode sarar do medo o coração por ele contaminado.

O segundo predador é a verdade. Sobre a verdade não há muito oque se dizer, visto que oque é verdade é, portanto, não necessita de agentes externos que a confirmem ou não. A verdade é um soro anti-ofídico contra o veneno do medo, e por muitas vezes, o paciente, até se ver curado, passa por um processo doloroso e longo de cura, é a verdade entrando em todos os cantinhos, veias, vasos capilares, tecidos e órgãos do corpo.

Muitos não resistem ao processo e abandonam o tratamento, preferindo a outrora doce escravidão do medo do a dura cura da verdade. A verdade é um choque anafilático poderosíssimo.

O terceiro e mais poderoso agente de cura é o amor. E no assunto do amor não cabe à razão fazer quaisquer comentários; o amor é a evolução da razão. O amor é capaz de curar, libertar e fazer tudo quanto seja próprio de sua natureza. Não conhece limites, não espera retornos, e muito além de qualquer outra arma, pacifica o ser amedrontado sem necessariamente destruir a causa do medo.

O amor é o estado de consciência que nos liberta para ver além do que se pode ser visto, e compreender sem palavras, sem razões, sem porquês, que tudo coopera, que as misericórdias se renovam a cada dia, que mesmo que tudo se perca ainda há esperança. O amor liberta sem violências, é uma revolução silenciosa e atômica.

O amor dá ao seu portador a capacidade de saber que os problemas existem e que deles não se pode fugir, mas muito além disso, habilita o seu discípulo a percorrer estes tormentos sabendo que nada é terno e que cada momento carrega o dom de um aprendizado único e necessário.

Viva em amor e viva sem medo.

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