quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

CARNAVAL, BOLHAS DE SABÃO , TEOLOGIA E DISTRAÇÃO

bolhas-de-sabao

O FOCO DE QUEM PERDEU O FOCO. A IMPORTÂNCIA DA DESIMPORTÂNCIA.

   Primeiramente, cabe dizer que independentemente do que preguem e do que digam sobre festas, comemorações, tradições e demais manifestações humanas, não há sentido em que o julgar das coisas como más ou boas, seja o objetivo de qualquer ser humano.

   Não há bem nem mal nas coisas, oque há é o enfrentamento da alma e do espírito frente aos eventos da vida, ou seja, quem de coração puro e com boa vontade abre os olhos, há de contemplar e discernir todas as coisas segundo a pureza e a boa vontade, logo, quem om maldade e impureza abre os olhos, só poderá discernir impureza e maldade.

   Quem está ancorado em DEUS não fragmenta, mitiga, fragiliza ou mesmo relativiza sua comunhão e sua santidade, meramente por evitar ou privilegiar ambientes ditos santos ou profanos. De modo que quem vive a verdade da vida não se curva aos momentos de “santidade” ou “ profanidade “ , aliás, sequer consegue dicotomizar a sua existência em limpo e contaminado.

   Nesse aspecto, o dano ou o benefício de algo na vida não se mede pelo: ambiente, origem, cor, forma, linguajem, entretanto, se mede sim pelo fruto que foi gerado. Como assim ?  

   Explico.

   Se o resultado é bom, se condiz com os frutos do espírito, se dele se pode extrair: paz, amor, verdade, comunhão, perdão,..Então, pouco importa como, quando, em que meios tenha ocorrido, posto que tudo se torna detalhe quando o fruto, a consequência é vida. Mais vale um grito profano pela vida, do que uma oração santa pela morte, seria a síntese.

   Então qual o problema das bolhas de sabão, da teologia e do carnaval ?

   O problema é a consequência !

   Todos esses 3 elementos são distrações perigosas.

   A teologia, tentando explicar DEUS, como se pudesse ser explicado, distrai de DEUS os que estudando DEUS crêem poder compreende-lo, sistematiza-lo. Ou seja, a teologia é um álbum de figurinhas bem feio e mal feito que nos rouba a atenção da glória eterna. A teologia é como o ditado popular que diz: “ quando um sábio aponta uma estrela, o tolo olha o dedo”.

   O carnaval nos distrai da vida - e como distrai-, multidões inteiras parecem esquecer que o mundo continua a girar, que a  vida não tira feriado, que a existência não é samba-enredo. Enchentes, mortes, nascimentos, lucros, prejuízos, escândalos, arrependimentos, vitórias, glórias e todos os contingentes da vida continuam a ocorrer, quer, os foliões enclausurados no autismo carnavalesco, queiram ou não.

   As bolhas de sabão são a corporificação da perda de tempo e da ilusão.,…   Agente assopra sabendo que vai estourar, fica maravilhado pelas cores e formas que são refletidas na película da bolha, perde a noção de que aquilo é uma bolha, e , surpreende-se quando ela estoura.

   E o processo de: conhecimento, deslumbramento, ludismo, decepção se reinicia em cada bolha.

  Não viva preso às bolhas, nem aos carnavais muito menos às teologias, no fim tudo é distração.

Um comentário:

Paula Fernanda Martins disse...

O título promete muito mais do que traz o texto, ora um de seus textos!
Em contrapartida, posso não ter abstraído bem toda a mensagem, expressa ou nas entrelinhas.
Bem escrito, mas um tanto quanto vago. A figura da mão com dedos cortados, por exemplo, correlaciona-se apenas a "distração"?
Respeitosamente, minha crítica.