sexta-feira, 11 de março de 2011

INVERNO NÃO É PAZ !

 

A DIFERENÇA ENTRE UM CORAÇÃO PACIFICADO E UM CONGELADO.

Antes de mais nada, gostaria de me desculpar com os usuários do blog. Ocorreu do blog ficar por mais 2 semanas sem atualização, e isso aconteceu por força de vários eventos, que somados, tiveram um desfecho de me deixar sem inspiração, capacidade e tempo hábil para escrever. Eu passei os últimos dias dando entrada na papelada para casar e além disso trocar meu carro, fora essas duas tarefas bem difíceis, meu apartamento está em reforma, de modo que coisas simples assumem desafios muitos maiores. Então galera, me perdoem, mas de verdade, não foi fácil.

Bom, uma das coisas que martelaram meu coração durante vários dias foi a frieza do ser. O fato ou ato de uma pessoa se tornar mais distante, inerte, indiferente, dura, gélida e chamar isso de várias coisas, tais como: paz, certeza, religião, tranquilidade, compromisso, costume, cotidiano…

Eu mesmo, por várias vezes, fui vítima de uma inércia de alma indizível, durante minha adolescência, me lembro de ter passado um lapso de pelo menos 18 meses de pura frieza de alma.

O mais interessante é que não havia em mim, força, capacidade, motivo, ânimo, dínamo ou impulso que me tirasse de tal situação, havia sim um grito e uma pergunta que silenciosos ecoavam da minha boca aos ouvidos de DEUS, dizendo: Até quando ?

Era desesperador, ver o mundo, o tempo as coisas e a vida passarem ao meu redor e eu ali, gélido, frio, glacialmente existindo, como se o mundo de repente voltasse aos tempos do cinema mudo e preto e branco. Era de dar medo.

Quando finalmente DEUS me tirou desse vórtice polar, eu pude entender de onde se originara os primeiros sopros frios dentro do meu ser. Foi como se tudo, de repente e não mais que de repente, se abrisse diante dos meus olhos, sim, do nada eu pude vislumbrar o início da espiral.

Foi de uma paz gostosa, um chamego entre eu e DEUS, um tempo de tranquilidade do ser, tempo em que eu orava e enchia os olhos de lágrimas, tempo em que meus banhos eram momentos de cantar louvores ao Senhor, tempo em que eu lia a palavra e pensava naquilo que havia lido durante horas, dias, semanas…

Em síntese: era tempo em que eu tinha tempo pra DEUS.

O duro foi que a paz virou preguiça, e de modo gradativamente maligno eu fui perdendo a chama no coração, as lágrimas nos olhos, e os pensamentos na mente…

Não é por menos que o mais importante mandamento nos ordena amar a DEUS com a força, o entendimento, o coração e o ser, pois, tais áreas caminham juntas, não havendo a possibilidade de amores parciais ou segmentados. Agente ama de corpo e alma ou não ama; simples assim.

Hoje em dia eu fico pensando sobre o perigo que é a graça, para quem a subverte, para quem tenta ungir com KY suas aspirações egoísticas e chamá-las de direção de DEUS, ou simplesmente vivem uma vida de total descuido e afastamento, pensando, tolamente, que DEUS é um mero bordão e o evangelho um adesivo de carro.

É por isso que se deve, todos os dias, olhar com cuidado para o próprio coração, sempre desconfiar de nós mesmos, viver a vida como quem compara dois livros, ou seja, o evangelho e nós mesmos, e sempre dando razão ao evangelho, não importando as implicações ou contextos a serem gerados por isso.

Que o Pai tenha piedade de nós e nos livre de cultuarmos um coração frio. Inverno não é paz !

Um comentário:

aline disse...

Maravilhoso o texto!
Parabens!
Com certeza fez diferença na minha vida.
beijos