sábado, 28 de agosto de 2010

OQUE É. É !

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A SEGURANÇA DE UM CORAÇÃO PACIFICADO.

Eu fico cada vez mais abismado com o nível de insegurança das pessoas. Insegurança física, emocional, psíquica, relacional, conjugal e tudo quanto possa existir aí há insegurança.

Um dia desses eu estava pensando sobre como os relacionamentos se tornaram frágeis e  baseados em coisas superficiais. A exemplo de milhares de pessoas que juram que amam alguém pelo tipo de musica que ouve, tipo de roupa que veste, bom gosto para comida e coisas do tipo. Como se a pessoa amada fosse um objeto, um plano, uma ideologia, qualquer coisa; menos uma pessoa.

Pessoas se tornaram grifes. Sim cada vez mais eu vejo um ácido descendo dos céus, diluindo todo tipo de pessoa, ser ou coisa e fazendo de tudo uma panacéia só, um caldo cheio de tudo e repleto de nada.

De repente tudo se resume em texturas, gostos, cores, formas…

E nesse caldo todo, tudo é tão diferente e tão igual ao mesmo tempo. Há um nervosismo sistêmico em ser diferente, mas não ser diferente demais para não sair do socialmente aceitável e nem ser igual demais pelo fato de isso ser socialmente inaceitável também.

Todo mundo se sente inseguro e todos querem ser alguém, mas na busca pelo ser alguém esquecem-se do alguém que sempre foram, suicidam-se todos os dias aos poucos, consomem o seu verdadeiro eu, usam a verdade de sí mesmo como combustível para tentar fazer viver um FRANKSTEIN socialmente viável.

O eu não mais se remete a um ser, existente, completo, complexo e cheio de recônditos a serem descobertos ou experiências a serem vividas. O eu não existe.

Oque importa não é o ser e sim o ser visto. Ser visto num bom emprego, boas roupas, bons restaurantes, boa musica, bom carro, sucesso, sexo, fama, poder e um turbilhão de outras coisas mais.

De repente e não mais do que de repente,( risos) até o evangelho entrou nesse pacotão e deixou , lógico, de ser evangelho. Virou zévagelho, moneygelho, sucegelho, sexgelho qualquergelho, anygelho.

De modo que é mais fácil escolher um restaurante numa praça de alimentação do que um evangelho que te agrade.

Mas nada disso altera ou atenta contra a verdade do ser. Nada!

Oque é, é e pronto.

Evangelho sempre foi e sempre será um só, não importa oque digam, o evangelho não se vende e não prostitui.

Não importa o quanto você se esforce para tentar criar uma versão mais aceitável de você para os outros, você é quem sempre foi. Não há versão sua de maior sucesso do que a autêntica. E a verdade sobre o nosso eu verdadeiro só aparece quando eu, em DEUS, me aceito e me perdôo, desistindo de comprar, merecer ou negociar o meu perdão. Não há caminho para a paz que não passe pela guerra que você terá de travar contra você mesmo. Guerra que envolve aceitar as besteiras que você fez, aprender mas não se deixar apreender por elas. Guerra que se trava deixando as glórias do passado no passado e não viver num esforço hercúleo de tentar reviver os dias mortos. Guerra de se abraçar e se beijar e se envolver consigo mesmo.

O segundo passo é a guerra da segurança da minha pessoa frente a minha alteridade. Ou seja, a paz de quem eu sou pra mim já foi atingida, agora parto para a paz de quem eu sou para os outros.

Nesse aspecto vale ressaltar que as incertezas de amor, aceitação e pertencimento devem cair por terra. Aqui eu encontro o amor de quem já morreu, não sinto, mas sei que sou amado.Não há mais a dependência de palavras e constantes manutenções de sentimentos. Não há mais a cativeiro da repetição e da constante necessidade de lembrar ou ser lembrado de quem se ama ou a quem se ama. Ama-se e nada mais.

Tudo amadurece, tudo assume formas mais robustas e tranquilas. Começa-se a entender que a vida, o amor, a paz e tranqüilidade são substâncias mais fortes e resilientes do que se pensava.

Quando a paz de quem eu sou começa a expandir terreno dentro de mim o resultado é fantástico.

A distância não importa mais, o tempo não importa mais e as memórias se tornam não apenas fósseis de momentos, mas confirmações de que os momentos continuam vivos em forma de certeza no coração. Não é mais a memória do riso, do amor, da saudade e de nada mais que me traz ao coração o sentimento de que aquelas coisas existiram. Existe agora uma rocha de certeza.

Mesmo que apagassem a memória, queimassem as provas e tudo testificasse contrariamente, ainda assim teria a singeleza de saber que tudo aconteceu, e que dentro de mim nada mudou. Essa paz não se conquista do nada, envolve um trabalho que dura a vida toda, mas que vale pra toda a vida.

Eu te desafio a tomar a trilha da paz interior. E chegar a amar em todo terreno e todo tempo, e a fazer surgir monumentos de paz construídos num alicerce de rocha.

Vamos lá, desista de ser alguém, desista de suas dúvidas, desista de suas fragilidades.

A dúvida não existe, está no nada, é ambígua.

Oque é. É !

2 comentários:

Elilian Kelly disse...

- Nossa primo gostei demais do seu texto, parabens!
O unico momento em que somos realmente quem somos é na hora de nosso nascimento, a partir dali infelizmente vivemos uma busca absurda de nos tornamos quem os outros querem que sejamos, e essa busca tem entrado até mesmo nas igrejas, lugar onde mais deveriamos nos mostrar sinceros e verdadeiros, pois a busca de tentar ser quem não somos só engana a nos mesmo e talvez a alguns outros pois Deus não nos vê conforme tentamos passar quem somos, mas Ele é o Unico que nos conhece na intrega e ainda assim nos ama!
Como vc disse em um texto passado:
"Deus prefere a verdade do seu pecado do que a mentira da sua santidade."
E realmente primo, essa busca pela sinceridade do ser é lenta e longa, mas é muito satisfatória, pois aceitar, assumir e demonstrar quem sou não é fácil, pois muitas vezes sou quem não queria ser, mas com certeza esse é o melhor caminho para me tornar digno de ser chamado EU! e EU sou unico, e Deus me ama pelo que sou, nao mais nem menos pelo que faço ou deixo de fazer!
Feliz o homem que trilha o caminho da sinceridade, pois nunca temerá a verdade!

Jacqueline Emerich disse...

Eae Diegoooo

Passando pra dar um alô! Obrigada pela visita no meu blog desértico... rsrsrs..

Abração!