terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O PECADO, O PECADOR E O PERDÃO



Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 
Isaías 53:5

Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.
E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. 1 João 2:1-2

O PECADO, O PECADOR E O PERDÃO

Pecador por natureza e não por opção, sou essência de erro, destilado de tropeço, supra sumo sempre claudicante. O eu pecador não foi feito pelos meus pecados, meus pecados sim foram simples e direto resultado do meu ser pecador.

A religião me diz que sou pecador pelo ato de pecar, o redentor, de outra sorte, me assegura que o erro não está fora de mim, no que faço, antes está dentro, intrínseco, amalgamado de modo inseparável !

A religião me ensinou a usar coleiras, ataduras, mordaças e a todo custo gerar em mim a neurose da santidade, a doença do não fazer, a loucura de negar a mim mesmo, de modo obstinado, quem realmente sou. Doença, alma retalhada, consciência esquizofrênica, coração dividido,foi o que restou.

O redentor veio e me disse o oposto: Sei quem você é, sei do que você é feito, conheço seus males, pulsões, medos, anseios, traumas, conheço suas virtudes, portanto, acalma o teu coração, pois, para mim, você está nu, totalmente devassado, claro, flagrante, decodificado, esquadrinhado...Eu sei da sua condição !

O redentor me trouxe a paz, abraçou-me leproso, beijou-me sujo, me carregou, todo purulento, nos seus braços de eterno amor..E eu aceitei, me aninhei, amei-o de volta, não como obrigação, mas como reflexo natural de vida, como gratidão indizível, como não sentir frio em uma cachoeira da Chapada dos Guimarães ou não sentir calor em Cuiabá ?! Foi simples assim.

E sem eu perceber, de repente e não mais que de repente, meu cotidiano de pecados foi reduzindo, reduzindo, sem esforços, sem dietas comportamentais, sem agressões à alma.... a paz que excede todo entendimento foi me salvando, me mudando, transmutando minha substância...

E daí que eu quero dizer aos meus leitores: desistam da santidade forçada, acabem com todo movimento artificial de abstenção ou de forçosa comportamentalidade eclesiástica. Chega !

A nossa doença vem de dentro e não de fora, não dá pra curar câncer com band-aid, simples assim.
Aceite a graça, diga sim ao perdão, abrace o eterno, ame-o e só assim, literalmente só assim, você dará início ao processo de cura, as quimioterapias de beijos de DEUS, aos medicamentos da paz, às terapias gênicas do amor...

Se não for assim, se você insistir em dar murros de santidade em facas existenciais, não haverá outro destino para você a não ser o da loucura, da dureza de coração, do afastamento de DEUS e das pessoas que te ama, seus inimigos se multiplicarão com gafanhotos, seus medos crescerão, seus pesadelos serão rotina, tudo será morte, trevas e solidão...e para essas coisas DEUS criou um cofre, um local isolado, e esse lugar é o inferno. Ou seja, quem na vida se distância de DEUS como verdade de amor e de cura, mesmo que tenham em suas bocas termos bíblicos, ditados religiosos, informações do evangelho, atos , trabalhos, ministérios.. não importa, os tais tem destino certo.

E de fato, gente assim não vai ao inferno, já vive nele, ajudou a construir as paredes do ódio, da bestialidade, do desamor, fez tetos de arrogância, plantou jardins de desafeto e colheu seus frutos.

O inferno é feito por seus próprios habitantes.

Aceite o céu.

Um comentário:

Elilian Kelly disse...

Tudo que você falou é biblico de maneira simples e clara, muito bom primão que Deus preserve essa sua visão!

De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Rm 7.17
Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó. Sl 103.14
Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo; Fl 1.6