quinta-feira, 19 de novembro de 2009

VIVER BEM

ENTRE O MONASTÉRIO E O PROSTÍBULO

A vida humana, especialmente em sua fase jovem, cerca-se de tantas capacidades e oportunidades, que, se o ser vivente não souber aproveitá-las, corre o risco de enveredar-se pelos caminhos do exagero. E por exagero, não entenda como tal somente o caminho da luxúria, ou uma via de desejos desregrado e agoniados, de quem vive uma vida intensamente vazia, mas, exagero também reporta-se ao modo de vida de quem se enclausura e faz da vida um ostracismo social completo.

A vida pra mais ou a vida pra menos não é vida, tudo deve seguir as bases do equilíbrio, inclusive a vida social, espiritual, amorosa, familiar e qualquer outra das facetas da vida, deve ser tomada com cautela e bom-ânimo.

O exagero é um risco de custos elevados, carrega em si o poder de matar os significados verdadeiros e os substituir por elementos psicológicos que aparentam satisfação, quando na verdade criam vazio, dor e solidão.E isso vale para todo exagero.

O jovem que se dedica exclusivamente à sua genitália, investindo: tempo, dinheiro, esforço físico e mente nessa tarefa, está fadado ao fracasso pessoal! Por exemplo, há o clássico do rapaz/ moça que a semana toda malha, corre e vive uma vida de atleta olímpico, mas no final de semana, bebe horrores de bebida alcoólica e consome substâncias nocivas, cumulativamente perde várias noites de sono, ou seja, inverte a ordem e o valor das coisas, fazendo de um elemento isolado a razão de ser de toda a sua existência.

E no caso do monge-existencial, o ser austero que só vai à igreja, existe o dano do isolamento e da inadequação à  vida que acontece fora dos muros religiosos, implicando em uma existência rala e insossa, o exemplo do cara que só tomou sorvete a ida toda, sempre depois dos cultos, feliz da vida,..Até que ele amadureça e descubra que, na verdade , ele queimou etapas e viveu uma vida que não era sua. E mesmo na vida espiritual, esse ser humano viciado em religião, está condenado ao fracasso, pois todos os que se isolam da vida e da realidade, com a desculpa de só assim encontrarem a Deus, acabam por perdê-lo nesse exato instante.

Tudo pode e deve ser feito em abundância, e ao mesmo tempo sob o domínio do bom senso e da qualidade de vida.

Saia, beba, aproveite seus amigos, seus relacionamentos, contudo, o faça de modo consciente e real, não viva de lamber as cascas e não comer a polpa.

Viva bem.

Um comentário:

LEONARDO BRITO disse...

Eu bem que poderia ter me apercebido disso alguns anos antes!!! hehehe