Auto VooDoo (reescrito)
Viver
não é para covardes!
É
com essa máxima de impacto que inicio a reescrita do texto “ Auto VooDoo”, de
2009.
Na
época que eu escrevi esse texto, minha rotina se resumia em acordar bem cedo,
levar meu irmão para o cursinho, entrar numa cafeteria com meu notebook e
escrever tomando alguma coisa, geralmente leite com café.
Eu
havia acabado de sair de uma crise muito grande, de algo que eu considerava uma
derrota na época. Eu havia estudado muito, mas muito mesmo para um concurso,
passei pelas primeiras fases, gastei tempo, dinheiro e fiz muitos planos para o
cargo que desejava, contudo, as coisas não saíram como eu esperava, acabei não
conseguindo classificação final.
Fiquei
no meu quarto sozinho, só saia para comer e ir ao banheiro. Li um livro de 800
páginas em 5 dias, era um do Caio Fábio,
se não me engano chamado: “ Nephilim”, daí eu li “Confissões de um pastor”,
depois “No divã com Deus”, e quase tudo do site do autor; praticamente tudo que eu tinha como verdade,
foi derretendo conforme lia.
Eu
precisava me perdoar, no sentido mais simples e original da palavra.
Não
cabia, na minha mente de 25 anos, uma empreitada: ungida pela determinação,
carimbada pelo método e abastecida com toda a força que eu podia ofertar,
acabar em nada, simplesmente nada.
Como
eu pude fazer isso comigo mesmo? Eu confiava em mim! (risos)
O
perdão é como um alvo, quanto mais ao centro, mais difícil atingir. Ninguém
fica mais ao centro do alvo da vida do que você mesmo, e isso acaba fazendo com
que perdoar a si mesmo seja muito mais difícil do que perdoar aos outros.
E
a questão é que há dois perdões essenciais na vida: o primeiro é o perdão de Jesus,
sem o qual não há esperança, nem caminho algum a prosseguir, o segundo é o
perdão de si mesmo.
Tudo
bem, mas, como conquistar o perdão?
Bom,
se você acha que não merece perdão, está coberto de razão. Desculpa, a franca
dureza; é assim com todo mundo, não há quem faça por onde e tenha como direito
ser perdoado.
Perdão
sempre é imerecido, até pelo fato de que: se houve compensação não foi perdão,
foi troca ou indenização. Não é perdão se não houve o exercício doído de abrir
mão, de se sentir ferido, e, em face da dor, externar o favor do perdão, tendo
como alvo a quem não o merece.
O
perdão liberta, alivia e faz com que a vida assuma novas possibilidades, o sono
fica melhor, o coração bate com vigor.
Jesus,
o messias, o filho de DEUS, a nossa rocha em quem não há tropeço, decidiu te perdoar,
a vista desse fato: quem somos nós para não ofertarmos o perdão, seja aos
outros ou a nós mesmos?
Tenha
a coragem de se olhar no espelho e dizer: você está perdoado!
Repito:
viver não é para covardes.
Texto original: https://piseinoblog.blogspot.com/2009/06/auto-voo-doo.html
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