sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O evangelho de John, Paul, George e Ringo

( Uma série de 4 posts que retratam o fato de que evangelho é vida)

George Harrison nasceu em Liverpool, na Inglaterra, em 24 de fevereiro de 1943,o último de quatro filhos de Harold Hargreaves Harrison e sua esposa Louise . Sua família era católica. Sua primeira escola foi a Escola Primária de Dovedale, bastante próxima daPenny Lane a escola onde John Lennon estudava. Harrison conseguiu uma vaga no Liverpool Institute for Boys, onde ficou de 1954 a 1959, George disse que: quando tinha 12 ou 13 anos, ele teve uma "epifania" — andando de bicicleta pela vizinhança, ele ouviu "Heartbreak Hotel", deElvis Presley, tocando em uma casa próxima, e ficou chocado. Ainda que, à época, ele tivesse tido um bom desempenho escolar, ele já havia perdido o interesse pelos estudos. Com 14 anos, ele se sentava ao fundo da sala de aula, tentando desenhar guitarras nos livros escolares: "Eu estava completamente vidrado em guitarras. Eu ouvi que um garoto na escola tinha uma guitarra de três libras e dez xelins, era só um pequeno buraco acústico. Eu pedi três libras e dez xelins à minha mãe; isso era bastante dinheiro pra nós." Harrison comprou um violão Dutch Egmond. Enquanto estava no Liverpool Institute, Harrison formou lum grupo the skiffle . Foi nessa escola que ele conheceu Paul McCartney, que era nove meses mais velho. McCartney, posteriormente, se tornaria membro daThe Quarrymen, banda de John Lennon, à qual Harrison se juntaria, em 1958. (fonte wikipedia - adaptado)

Graças ao bom Deus que George desistiu da vida estudantil e decidiu seguir seu coração, produziu música de altíssima qualidade, tocou milhões de corações, mudou uma era e as consequências dos Beatles são percebidas na cultura ocidental até os dia de hoje. Ainda bem que o garoto que desenvolvia uma bela, porém comum carreira estudantil andou de bicicleta, se encontrou e dali em diante teve a coragem ;que falta à maioria de nós.

Já imaginou se George seguido sido engenheiro, médico, advogado, político, empresário... se assim fosse não haveria não haveria: here comes the sun, something e claro while my guitar gently weeps. George foi um dos sortudos que se fez livre das garras dos destinos pré-moldados pelas noções satânicas de sucesso, teve sua epifania, seu encontro, seu próprio gênesis, ouviu a profecia do alto de sua bicicleta e nunca mais andou como andava, converteu-se radicalmente.

E enquanto escrevo isso, minha mente inquieta começa a calcular, prever e medir as possíveis reações ao texto. Há os que dirão: isso que ele escreve não tem nada de evangelho. E há, também, os que dirão: é um texto legal, com informações novas e blá blá blá à la Maurício de Souza em sua cansativa via politicamente correta. E há um terceiro grupo que do texto tirará pérolas, lições e ensinamentos. É para o terceiro grupo que eu escrevo; é com ele que DEUS fala. Gente que discerne a vida com os olhos de DEUS e que há muito tempo deixou de segmentar, esquizofrenizar e retalhar a existência em episódios, lugares e pessoas santas e profanas, é o tipo de pessoa que conciliou em DEUS todas as anomalias e todas as perfeições, que aprendeu que a luz e as trevas são de mesma origem, que discerniu que DEUS é pai de todos e apesar de tudo: ama a todos de modo igual.

A religiosidade é como um passeio de carro numa tarde de domingo, bonita, confortável, repetitiva e sem vida. É possível até ver, mas nunca tocar, nunca parar, jamais se socializar, viver de fato. É matiné do filme da Lassie.

Muitos passaram pela mesma rua em que George passou com sua bicicleta, ouviram a mesma música, entretanto, só George , ao menos pelo que sabemos, teve uma epifania. Não adianta que a mensagem certa chegue até nós, é preciso que haja em nós os ouvidos corretos, a mente correta e a disposição correta.

Que o Senhor nos livre dos carros da religião, que nos prendem dentro, fecham as portas e travam os vidros para a vida. Que ele nos dê os ouvidos, olhos e disposições corretas para encararmos nossa existência.

E se não for pedir muito... uma vitrola e uma bicicleta, para que a gente possa pedalar pela vida ouvindo:

“Here comes the sun
Here comes the sun
And I say
It's all right “